Sobre a Escrita – A Arte em Memórias, de Stephen King – Resenha de Livro

Suma das Letas
256 págs.

Discordando com a premissa que muitos escritores fomentam, que, quando um autor escreve sobre metodologia de escrita ou algo do gênero, é sinal de que está em fim de carreira literária.
Além de ser algo discordante, não há nada de errado ou soe como decadência quando um escritor/ autor experiente, tal como Stephen, discorra sobre o assunto que mais entende, que é sobre a escrita. Por sua longa carreira literária, ele tem muito o que falar sobre o ofício em que exerce tão bem.
O diferencial dentre tantas publicações, não só configura sucessos de vendagem e que migraram também para a TV e filmes, há também tantas outras de qualidade literária que arebanha leitores mundo afora. Por ter uma escrita declaradamente comercial, o autor assume que é o é, e não só isso, tem a rara qualide de compartilhar conhecimento adquirido sobre o ofício da escrita.
A narrativa em tom biográfico pessoal e profissional mais que exemplificam o quão dura e tortuosa pode sera carreira de um escritor. Nada é adquirido nem tão fácil e nem tão determinista que é acreditar no próprio trabalho. E além disso, ter a humildade em aceitar os rejeites para que se acrescente e melhore sua escrita. A citação do prego onde dependurava as cartas de rejeição é o estímulo de melhoria para suas obras literárias e não um cadafalso para amargura de seu fracasso.
O que vivenciou, soube transpor em suas obras. Stephen é um dos poucos escritores que demonstra que gosta mesmo do ofício, que mesmo atrelado avendas, mas que realiza com um tom a mais que faz a diferença na leitura de seus livros. O diferencial é o amor pelo que faz e que é sentido em sua escrita. Um escritor que demonstra isso mais que produz hisórias que cultive leitores, ele transmite verdadeiramente o que quer, que é contar histórias para encantar e sonhar, mesmo sob pesadelos.
Uma leitura necessária para quem quer encarar o ofício sob a ótica profissional e um chacoalho aos que são ditos experientes, para que enxerguem de outro modo o processo da escrita.